3R Brasil Tecnologia Ambiental

Selo Acesso Verde: Riscos biológicos e contingências do Covid-19, uma visão da Engenharia de SST com soluções com garantias técnicas e legais.

12.08.20 12:47 AM By Roger

O grupo do projeto “Acesso Verde, tecnologia em higiene e qualidade do ar”, fez uma análise crítica destacando publicações e artigos, com destaque ao da Dra. Leticia Kawano Dourado - Médica pneumologista, pesquisadora clínica do Hospital do Coração em São Paulo, Doutora em Pneumologia pela Faculdade de Medicina da USP, Pesquisadora do grupo Coalizão Brasil COVID19: “Como as pessoas estão contraindo a covid19?” e do Projeto Respira Evidência; com uso do material do Professor Erin Bromage, professor de Biologia da Universidade de Massachusetts Dartmouth. Com o complemento do expertise da 3R Brasil Tecnologia Ambiental na área de SST, agregamos normativas de saúde, segurança e meio ambiente com o envolvimento de parceiros nacionais e internacionais com técnicas de medições e instrumentação presentes nos sites: www.3RHsec.com e www.3RBrasil.com.br. O Grupo Acesso Verde tem como pesquisador líder o Engenheiro mecânico e de Segurança do trabalho M.Sc. Rogerio Dias Regazzi com mestrado na ciência da medições (metrologia), pós-graduação em soluções sustentáveis e resíduos industriais, com registro no CREA e na Ordem dos Engenheiros de Portugal.

O artigo segue um critério analítico relacionando questões técnicas e legais para a implementação de protocolos e soluções para com os riscos biológicos, com destaque ao Covid-19.

i. PROFISSIONAL CREDENCIADO E HABILITADO EM HIGIENE OCUPACIONAL E ANÁLISE DE RISCOS


Antes de falarmos dos cenários, vamos entender as questões relacionadas a higiene ocupacional, de responsabilidade de profissionais habilitados e capacitados, na elaboração de laudos técnicos ambientais e laborais, avaliação de riscos, parecer técnicos, identificação, reconhecimento e quantificação de riscos ambientais: físicos, químicos e biológicos, com exercício legal para análise e comprovação das medidas de controle e prevenção.


Saúde, Segurança do Trabalho, questões de prevenção e controle da saúde devem ter participação de profissionais habilitados e capacitados, com destaque ao Engenheiro de Segurança do Trabalho. As medidas de prevenção e controle devem ter garantias técnicas e legais. Deve-se, por exemplo, realizar uma análise crítica para identificar e reconhecer os perigos e riscos envolvidos sempre que: se misturar produtos de limpeza, no uso de vestimentas adequadas a situação de risco, no monitoramento e análise de agentes de riscos ambientais, adentrar em áreas de risco e na escolha do EPI. Também deve-se estabelecer o grau de risco, aplicar soluções de engenharia, estabelecer protocolos e medidas de controle para a prevenção de acidentes, garantindo a saúde e a segurança 360 Graus. Aplicando métodos normalizados para atestar as medidas de controle coletivas ou individuais.


ii. TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES PARA COM TRANSMISSÃO, CONTÁGIO E NEUTRALIZAÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS


Segundo a Fiocruz uma das formas de contágio do coronavírus é o contato com superfícies e objetos contaminados (como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc) e também com pessoas doentes, através do toque de mão, gotículas de saliva, espirros e tosses. A chefe do Setor de Saneantes do Departamento de Microbiologia do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), Dra. Bruna Sabagh, orienta sobre a limpeza e desinfecção correta dos ambientes, utensílios e objetos.


LIMPEZA: é a remoção da sujeira de superfícies. Deve-se usar produto químico no processo convencional de limpeza com esfregação e enxágue, não sendo suficiente para eliminar vírus e bactérias.


Existem vários tipos de limpezas, que variam de acordo com o ambiente, com a superfície, com o tipo de sujeira a ser removida ou com o tipo de sistema e produtos utilizados. Assim existem:

· Limpeza ecológica: realizada com um sistema de limpeza que permite a utilização de métodos e produtos amigos do ambiente;

· Limpeza domiciliar: realizada cotidianamente sem preocupações técnicas, com um conceito de qualidade totalmente subjetivo, ligado diretamente aos conceitos e valores dos ocupantes do domicílio;

· Limpeza predial: realizada por contratados, que necessitam de conhecimentos básicos sobre aplicação de produtos químicos e habilidade no manuseio de equipamentos;

· Limpeza técnica: realizada por contratados, sob supervisão e orientação de profissional técnico, para aplicação correta de processos adequados ao tipo de superfície a ser limpa e ao tipo de sujeira a ser removida;

· Limpeza hospitalar: realizada por contratados, que necessitam de conhecimentos sobre aplicação de produtos e técnicas para desinfecção de superfícies, esta categoria é sub-dividida em duas, sendo a Limpeza Concorrente (para manutenção do ambiente) e a Limpeza Terminal (para completa desinfecção do local);

· Limpeza industrial: realizada por contratados, com habilidades para o manuseio de equipamentos pesados, tais como: Hidro-Jateadoras de Alta Pressão (com capacidade de remover rapidamente grossas crostas) e Aspiradores de Alto Vácuo com capacidade para recolher grande quantidade de resíduos.

O serviço de limpeza é essencial para a sociedade como um todo, pois além de se tratar de condição básica para a saúde, gera a sensação de conforto e bem-estar dos ambientes.


DESINFECÇÃO: é um processo realizado num ambiente que consiste no uso e na aplicação de um desinfetante de uso geral, o que elimina das superfícies 99,999% dos germes, bactérias e vírus, incluindo o Sars-CoV-2, causa do Covid-19.

Desinfecção refere-se à destruição de microrganismos na forma vegetativa, principalmente patogênicos (capazes de transmitir doenças infecciosas), presentes em um ambiente ou objeto ou superfícies. É o processo físico ou químico que destrói microorganismos em objetos inanimados.

Na desinfecção de superfícies, conforme enfatizado pela Fiocruz, o primeiro passo é utilizar apenas produtos desinfetantes regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não é recomendável o uso de produções caseiras ou vendidas em mercados informais, pois podem acarretar riscos à saúde (queimaduras, intoxicação, irritações) e não serem eficazes. Além disso, destacamos ler o FISQP do produto e nunca misturar na tentativa de aumentar a eficácia na desinfecção, pois pode-se neutralizar o agente e liberar gases tóxicos.


HIGIENIZAÇÃO é aquele processo que começa com a limpeza e termina com desinfecção.

O termo Higienização é derivado do gregohygieiné, "saúde" é o ato ou efeito de higienizar, de tornar higiênico ou limpo um ambiente, local ou superfície. É o estabelecimento das condições de limpeza ou salubridade necessárias à prevenção ou ao combate de doenças. Também pode ser conhecida por sanitização ou desinfecção numa forma mais holística considerando os processos que se seguem com a limpeza. É um dos métodos mais indicados após a limpeza, porque é responsável pela eliminação de micro-organismos vivos, como ácaros e bactérias que vivem no ar e na poluição, sendo os maiores causadores de doenças e alergias respiratórias.


SANITIZAÇÃO: é quando se aplicam sanitizantes específicos, que eliminam níveis de componentes microbiológicos, como é o caso do que se exige na indústria alimentícia. Sanitização não é coisa do dia a dia, pois obedece a regras diferentes da desinfecção. Pode ser um sinônimo de higienizar aplicado a área e objetivos em questão.

Significado de Sanitizar: verbo transitivo direto, Fazer sanitização em; cumprir as exigências ou recomendações de higiene; higienizar: sanitizar um ambiente. Etimologia (origem da palavra sanitizar). Do inglês sanitize + ar.


ESTERILIZAÇÃO: significa efetuar a eliminação total de germes, inclusive seus esporos, por meio de processos físicos ou químicos bastante agressivos e restritos. É um processo utilizado em situações em que é necessária a máxima segurança, como em salas cirúrgicas de hospitais ou em locais de biossegurança, com a eliminação total dos microrganismos. Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físico.

A intenção da esterilização é que a probabilidade de sobrevivência do agente que pode contaminar um organismo seja menor que 1:1.000.000, podendo considerar aquele objeto estéril. A eficácia de qualquer processo de esterilização dependerá de fatores como o tipo de método escolhido, a natureza do material, tipo de contaminação e condições em que o objeto final foi preparado.


Nota: Na medicina humana e a veterinária, a esterilização se caracteriza no método cirúrgico que interrompe a capacidade de reprodução de um ser vivo, tornando-o estéril e infecundo.


iii. PROCESSOS DE MONITORAMENTO, TRANSMISSÃO E CONTAMINAÇÃO


Então, com relação ao Covid-19, conforme artigos científicos destacados e experiência na área, o meio mais eficiente de transmissão por um indivíduo contaminado é pelo ar (respiração, fala, espirros e tosses). Como meios secundários de transmissão, ainda em fase de pesquisas do potencial de contaminação, se destacam: contato com superfícies, objetos ou com o corpo não higienizados, assim como de excreções. Daí a importância da higienização de superfícies, roupas e acessórios (como celulares, fones e outros), podendo ser usado o Ultravioleta e o Ozônio como ferramentas de higienização.


Então, a partir de uma análise crítica global seguindo o estado da técnica e as garantias legais, pode-se destacar que as transmissões do COVID-19 têm um vetor principal, o próprio ser humano. Agora fica mais fácil entender porque ambientes fechados sem monitoramento, sem distanciamento social, considerando ainda, troca de ar ineficiente, sem ventilação adequada que se preocupa com a direção e a velocidade do fluxo de ar, e ainda, as superfícies na altura das mãos e o próprio chão não higienizado, são as vias mais relevantes de contato com pessoas saudáveis. Considerando ainda o chão/pisos: os animais domésticos, dentre outros, passam a ser um vetor no momento quando em contato com gotículas, salivas ou excreções de alguém contaminado. 


Tendo em vista as premissas da higiene ocupacional, para a contaminação devem-se observar limites de exposição e considerar os riscos quando acima do limite de ação e tolerância estabelecidos como premissas, pois não há ainda estudos que comprovem os números atuais. O que se sabe é que, uma quantidade pequena de partículas virais não fará você adoecer, o sistema imunológico as eliminaria antes que causasse qualquer estrago. Então, temos que observar dois fatores necessários para a transmissão ser bem sucedida: exposição ao vírus x tempo de exposição efetiva. Essa relação remete a noção de dose de exposição e é largamente utilizada na área de higiene ocupacional e presentes em normativas do MTE e do MPAS, além de normativas internacionais como ACGIH e NIOSH.


A equação simples "exposição ao vírus x tempo" significa DOSE (que pode ser projetada/estimada diretamente em função do tempo) e é a base da busca ativa dos contatos com o agente patogênico e entendimento da transmissão da Covid19. Nos países onde houve/há busca ativa de casos, usa-se essa lógica para considerar os contaminados ou não contaminados de risco. O SARS-CoV2 de 2019 se transmite de pessoa a pessoa predominantemente por gotículas respiratórias emitidas ao ambiente quando respiramos, falamos, tossimos ou espirramos.

As partículas maiores são pesadas e logo flutuam até o chão — a não ser que sejam transportadas pelo vento ou pelo ar-condicionado — além de não penetrarem nas máscaras cirúrgicas. Mas os chamados aerossóis, gotículas com diâmetro inferior a 5 microns, podem permanecer no ar por horas.


“Eles viajam mais, duram mais tempo e são potencialmente mais infecciosos do que as gotículas maiores", afirmou o Dr. Dan Barouch, imunologista viral do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston.


Três fatores parecem ser particularmente importantes para a transmissão via aerossol: proximidade com a pessoa infectada, fluxo de ar e sequência dos acontecimentos. Um banheiro público sem janelas com alto número de usuários é mais arriscado do que um banheiro com janela, ou um banheiro usado raramente. Uma breve conversa fora de casa com um vizinho de máscara é muito menos arriscada do que essas situações.


 Recentemente, pesquisadores holandeses usaram um spray especial para simular a expulsão de gotículas de saliva, rastreando seu movimento. Os cientistas descobriram que basta abrir uma porta ou a janela do carro para que os aerossóis se dispersem. “Qualquer brisa já ajuda", disse Daniel Bonn, médico da Universidade de Amsterdã e principal responsável pelo estudo.


Portanto, em função de aerodispersóides e aerossóis, o tempo de exposição para haver a contaminação depende em função da quantidade estimada das situações de emissões destes, a seguir é esclarecido no artigo de referência:


Estima-se que na tosse e no espirro, a emissão de partículas virais no ambiente seja 10 milhões de vezes maior do que quando apenas respiramos, e que, na fala, a emissão de partículas virais seja 10x maior do que apenas na respiração comum. Na respiração comum emitimos em média 20 partículas virais/minuto (a partir de estudos em influenza, ref. no link). Estima-se que seja necessário uma carga mínima de 1000 partículas virais para haver contaminação efetiva (isso quer dizer por exemplo, 5 minutos de conversa “cara a cara” com alguém contaminado) ou apenas um espirro / tosse próximos para se chegar ao limite de tolerância, cujo valor acima desse torna a probabilidade de contaminação elevada, abaixo ou até o limite de ação a contaminação de risco moderado e abaixo deste um risco leve, considerando a matriz de grau de risco que estamos propondo com um estudo mais aprofundado.

Outro desafio da covid19 é que pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas, de todas as idades, podem estar transmitindo o vírus. A quantidade de vírus nessas fases varia, podendo ser de pouca quantidade até muita quantidade de partículas virais.


Lembre-se de que "dose e tempo" são necessários para ocorrer a infecção. Se você está em um ambiente externo e passa andando por alguém, você teria que estar na corrente de ar dessa pessoa por mais de 5 minutos para ter uma chance de infecção. Embora pessoas que estejam praticando corrida, possam estar liberando mais vírus devido à respiração profunda, o tempo de exposição também é menor devido à sua velocidade, mantendo a distância física. Portanto, o risco de infecção nesses cenários é baixo, contudo, possível. Aqui está um ótimo artigo no Vox que discute o baixo risco de correr e andar de bicicleta em detalhes. No entanto, lembre-se que há o trajeto até o parque, circuito onde pode ser maior o risco, como por exemplo, elevadores e recepções. 


Deve-se lembrar ainda que há a transmissão por superfícies contaminadas: a mão se contamina e essa mesma mão é levada na boca, olhos e nariz, causando a infecção, assim como excreções que são potencializadas quando não há saneamento público adequado ou quando em banheiros públicos, como veremos mais adiante.

Vamos considerar uma análise de risco e probabilidades nas sequências apresentadas a seguir, obtidas do artigo de referência.


iv. PRINCIPAIS LOCAIS DE CONTÁGIO CONFORME LITERATURA E ARTIGOS


1. Em casa e nas áreas comuns das residências. 


1.1 O local de maior risco para contrair a Covid19 é o contato dentro de casa com alguém infectado. O cenário domiciliar propicia um contato próximo e prolongado em ambiente fechado, o local ideal para a transmissão da Covid19, que se dá predominantemente por gotículas. Então em casa, caso haja a combinação de grupos de risco com pessoas que estão ainda precisando trabalhar, o ideal seria afastar por completo esses dois grupos (mudança temporária?). Caso não seja possível esforços para minimizar risco de (potencial) transmissão, certas atitudes precisam ser feitas constantemente. Por exemplo:

 

· Não dormir no mesmo ambiente;

· Separar objetos de uso pessoal (toalha de rosto e banho, objetos de cozinha etc.);

· Janelas abertas;

· Sentarem-se distantes se no mesmo ambiente;

· Uso de máscara simples dentro de casa para evitar a deposição de gotículas em mesas, sofás, etc;

· Higiene das mãos com álcool 70% ou água e sabão e higiene de superfícies com água e sabão, álcool 70% ou água sanitária a 0.1% (não precisa ser a 2,5%);

· Não tocar boca, olhos, nariz sem ter as mãos higienizadas antes;

· Evitar elevadores e em certos casos áreas comuns do prédio com pouca ventilação ou com correntes de ar ascendentes. Também maçanetas e botões de uso comum.


1.2 Contato com objetos que venham da rua como entregas, compras , caixas, sacolas, malas o que inclui vestimentas, cartas, boletos impressos, folders de propagandas e até os processos de pagamento de entregas.


· Necessidade de uma área limpa para realizar a higienização no tempo adequado em função da substância de sanitização;

· Essa área limpa pode ser para compras, malas, mochilas, sapatos e vestuários, equipamentos cocm Ozônio e Ultravioleta são indicados para desinfecção destes.

· Nunca varrer ou espanar e sim aspirar com equipamentos adequados com filtros e produtos sanitizantes com água e centrifugação, sem expelir partículas ou aerossóis.


 1.3 Em banheiros, verifica-se muitas vezes também depósitos de poeiras nas janelas onde muitos colocam os produtos de higiene (shampoo, cremes, sabonetes) para uso durante o banho. Uma situação importante também é quando da ventilação e descarga com a tampa aberta do vaso cujos aerodispersóides e aerossóis vazam pelo shaft e áreas de respiração dos edifícios, voltando para a área comum. Estes possuem grande circulação do ar com deslocamento de partículas grandes.


Todo esse borbulhar, girar e espirrar das descargas com tampa aberta, podem aerolisar os resíduos fecais, enviando pequenas partículas no ar. Um estudo realizado em banheiros de hospitais constatou que a quantidade dessas partículas disparou após a descarga do vaso sanitário e a concentração no ar permaneceu alta até 30 minutos depois. Não importava se o teste foi realizado próximo ao banheiro ou a um metro de distância. A segunda e a terceira descarga continuaram a espalhar partículas.


Pesquisadores descobriram que o novo coronavírus, SARS-CoV-2, pode ser liberado nas fezes por até um mês após a doença. Isso é mais longo do que nas amostras respiratórias, embora ainda não seja conhecido quanto tempo esse vírus pode estar causando infecções e se o vírus infectou seres humanos através de resíduos fecais.


 2 Locais fechados fora de casa: 


Esse surtos nos informam exatamente sobre a dinâmica de transmissão externa da Covid19. Eliminando os mais críticos como casas de repouso, que são locais de altíssimo risco de transmissão, qualquer ambiente fechado com alta densidade de pessoas oferece um grau de risco em função de vários fatores. 


Portanto, há a necessidade de integração de sensores IoT como o 3RdBAir Bio Safe, em ambientes de empresas, shopping, escolas, Call centers e meios de transportes com medições contínuas em tempo real de CO2, umidade, temperatura e PM 2.5mm, pressão diferencial (Pa) e sensor de caudal (ACH – Air changes per hour). Equipamentos certificados e calibrados no INMETRO/RBC com laudos assinados por Eng. de Seg. do Trabalho registrado no CREA. Atestando a qualidade e a troca de ar; complementando com avaliações periódicas de aerodispersóides, fungos, esporos, bolores, leveduras, vírus e bactérias para atestar a qualidade e contaminação do ar na situação de exposição de maior risco (EMR).


v. A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO CONTÍNUO E PROCESSOS DE ANÁLISE


O monitoramento contínuo da qualidade do ar não só é uma medida de controle e prevenção, como também permite identificar e reconhecer durante toda a jornada, ou período, a situação de exposição de maior risco para que medições complementares de agentes patogênicos sejam realizadas adequadamente.


Os benefícios do monitoramento contínuo da qualidade do ar são inúmeros, seja para garantias da saúde e da segurança, seja como medidas de controle e/ou prevenção. Como por exemplo, o CO2 sendo utilizado como marcador da eficiência de troca de ar de um ambiente, pois é um produto derivado da respiração das pessoas que estiveram ou estão nesse local, além de ser menos reativo.


Portanto, o monitoramento contínuo e remoto do ar atende questões de riscos físicos, químicos, biológicos e de acidentes, isto é, como sistema de supervisão ambiental com alerta de condições inseguras ou até de incêndio via CO. Diminuindo custos de seguros e riscos dos ativos.


Destacamos nesse contexto, clínicas, hospitais, teatros, salas de cinema, call centers, shoppings e transportes particulares e públicos (taxis, ubers, ônibus, trens, metro, aquaviários e aéreos).


 Também destacado no artigo da Dra. Leticia Kawano Dourado:


 1. Empresas de produção e embalagens de carnes: Nesses locais há o ambiente frio (que conserva o vírus) e muitos funcionários juntos em um mesmo local precisando realizar um esforço para se comunicar em um volume alto da voz por conta do ruído de fundo elevado das máquinas em um ambiente fechado. Nos EUA houveram surtos em pelo menos 115 empresas em 23 Estados norte-americanos infectando > 5000 trabalhadores e mantando ~20.

 2. Eventos sociais (casamentos, funerais, aniversários) foram responsáveis por 10% da transmissão comunitária inicial.

 3. Eventos de trabalho, conferências, call centers, encontros e reuniões. Pelos mesmos motivos citados nos itens 1 e 2.


vi. MÉTODOS DE AMOSTRAGEM DA QUALIDADE DO AR


A Anvisa exige medições pontuais em função de volume e atividade, com destaque aos hospitais, creches, shoppings, prédios comerciais, escritórios, etc., numa tentativa de pesquisar e garantir a qualidade do ar. Nós da 3R Brasil Tecnologia Ambiental e do Projeto Acesso Verde, desenvolvemos metodologias complementares mais assertivas a partir do gerenciamento de risco (atendendo as normativas) tendo como destaque as técnicas de análise de riscos e analises críticas, determinantes para os programas de prevenção e controle da área de Saúde e Segurança do Trabalho. Convergindo normativas e leis: trabalhando na causa ao invés do efeito: atendendo tanto demandas da Anvisa, como de normas de SST, da OMS e procedimentos técnicos da Fundacentro, com destaque as técnicas gravimétricas, de filtragem e de leituras diretas com sensores IoT instalados nos locais com trocas semanais ou mensais periódicas, no centro de salas, que em conjunto com as técnicas com os equipamentos portáteis de alta exatidão permitem: identificar, reconhecer e quantificar a partir de estudos de monitoramentos contínuos as diversas situações do ambiente, possibilitando controles e ações mais assertivas e que garantam a qualidade do ar de maiores espaços e nos períodos de pico, atuando nas situações de exposições de maior risco EMR. Estas condições ambientais quando controladas, naturalmente garantem a qualidade de outras menos problemáticas quando aplicadas as mesmas medidas de controle e prevenção.


Conforme local e atividade pode-se realizar o monitoramento de poeira totais e respiráveis, este último com auxílio de ciclone ou medição direta com equipamentos especiais. Atendendo ainda em determinados ambientes industriais questões ocupacionais relacionadas com o agente químico sílica, dentre outros.


Para a determinação de PM10, PM2.5 deve-se usar equipamento especiais que são comumente utilizados para poluição do ar externo, contudo, esses particulados são bons marcadores para ambientes internos possibilitando um monitoramento contínuo dos ambientes, identificando os horários e períodos de pico. Nas questões, por exemplo, de aerodispersóides é necessário concluir os processos de medição e análise com o uso do impactador (bioaerosol) para a coleta de agentes patogênicos. Portanto, devem ser recolhidas diversas amostras de ar, utilizando o conjunto de equipamentos e métodos de medição descritos.


- Parâmetros no ar avaliados para determinar a qualidade do ar considerando toda a jornada de trabalho ou o ambiente de acesso público. Conheça os principais:

· Aerodispersóides totais – Poeira total;

· Pesquisa e contagem de fungos – De acordo com a Resolução 09 ANVISA, é inadmissível a presença de fungos toxigênicos e patogênicos;

· Determinação de velocidade do ar, umidade e temperatura – Para assegurar o conforto térmico;

·  Dióxido de carbono – Avalia se o sistema está renovação o ar constantemente. identificação das fontes poluentes de natureza biológica, química e física, métodos analíticos e o processo de tratamento do ar, destinado a manter os requerimentos de Qualidade do Ar Interior do espaço condicionado, controlando variáveis como a temperatura, umidade, velocidade, material particulado, partículas biológicas e teor de dióxido de carbono (CO2).


Considera-se os métodos necessários para atender a ANVISA 09:


Análise de Bioaerosol: realizado em Ambientes Interiores a partir de Pesquisa, monitoramento e controle ambiental da possível colonização, multiplicação e disseminação de fungos em ar ambiental interior.

Bioaerosol: Suspensão de microorganismos (organismos viáveis) dispersos no ar.

Marcador epidemiológico: Elemento aplicável à pesquisa, que determina a qualidade do ar ambienta.

Método de Amostragem e Análises de Concentração de Dióxido de Carbono em Ambientes Interiores. As medidas deverão ser realizadas em horários de pico de utilização do ambiente.

Método de Amostragem. Determinação da Temperatura, Umidade e Velocidade do Ar em Ambientes Interiores. Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo. Exatidão: 0,1 m/s 4% do valor medido.

Método de Amostragem e Análise de Concentração de Aerodispersóides em Ambientes Interior. Poeira Total (μg/m3 ). Coleta de aerodispersóides por filtração (MB-3422 da ABNT) ou mais atual (bomba de amostragem gravimetrica).

Os métodos de monitoramento continuo da 3R Brasil Tecnologia Ambiental permitem um estudo mais detalhado com menor custo e maior eficiência a partir de monitoramentos contínuos remotos de CO2, PM2.5, Temperatura e Umidade. Identificando, reconhecendo e quantificando as situações de pico e de maior risco dentro de um estudo sistematizado com medições conforme ANVISA 09, ASHRAE 55, ABNT, NR-17 e NHO da Fundacentro, com análises em laboratórios acreditados customizando e garantindo a qualidade do ar para todo o periodo laboral.


Valores recomendados pela Anvisa 09:


1 - O Valor Máximo Recomendável - VMR, para contaminação microbiológica deve ser = 750 ufc/m3 de fungos, para a relação I/E = 1,5, onde I é a quantidade de fungos no ambiente interior e E é a quantidade de fungos no ambiente exterior.

NOTA: A relação I/E é exigida como forma de avaliação frente ao conceito de normalidade, representado pelo meio ambiente exterior e a tendência epidemiológica de amplificação dos poluentes nos ambientes fechados.

1.1 - Quando o VMR for ultrapassado ou a relação I/E for > 1,5, é necessário fazer um diagnóstico de fontes poluentes para uma intervenção corretiva.

1.2 - É inaceitável a presença de fungos patogênicos e toxigênicos. 2 - Os Valores Máximos Recomendáveis para contaminação química são:

2.1 - = 1000 ppm de dióxido de carbono - ( CO2 ) , como indicador de renovação de ar externo,

2 recomendado para conforto e bem-estar .

2.2 - = 80 μg/m3 de aerodispersóides totais no ar, como indicador do grau de pureza do ar e limpeza do ambiente climatizado .

NOTA: Pela falta de dados epidemiológicos brasileiros é mantida a recomendação como indicador de renovação do ar o valor = 1000 ppm de Dióxido de carbono - CO2

3 - Os valores recomendáveis para os parâmetros físicos de temperatura, umidade, velocidade e taxa de renovação do ar e de grau de pureza do ar, deverão estar de acordo com a NBR 6401 - Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parâmetros Básicos de Projeto da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

3.1 - a faixa recomendável de operação das Temperaturas de Bulbo Seco, nas condições internas para verão, deverá variar de 23oC a 26oC, com exceção de ambientes de arte que deverão operar entre 21oC e 23oC. A faixa máxima de operação deverá variar de 26,5oC a 27oC, com exceção das áreas de acesso que poderão operar até 28oC. A seleção da faixa depende da finalidade e do local da instalação. Para condições internas para inverno, a faixa recomendável de operação deverá variar de 20oC a 22oC.

3.2 - a faixa recomendável de operação da Umidade Relativa, nas condições internas para verão, deverá variar de 40% a 65%, com exceção de ambientes de arte que deverão operar entre 40% e 55% durante todo o ano. O valor máximo de operação deverá ser de 65%, com exceção das áreas de acesso que poderão operar até 70%. A seleção da faixa depende da finalidade e do local da instalação. Para condições internas para inverno, a faixa recomendável de operação deverá variar de 35% a 65%.

3.3 - o Valor Máximo Recomendável - VMR de operação da Velocidade do Ar, no nível de 1,5m do piso, na região de influência da distribuição do ar é de menos 0,25 m/s.

3.4 - a Taxa de Renovação do Ar adequada de ambientes climatizados será, no mínimo, de 27 m3/hora/pessoa, exceto no caso específico de ambientes com alta rotatividade de pessoas. Nestes casos a Taxa de Renovação do Ar mínima será de 17 m3/hora/pessoa, não sendo admitido em qualquer situação que os ambientes possuam uma concentração de CO , maior ou igual a estabelecida em IV-2.1, desta Orientação Técnica.


vii. CONTAMINAÇÃO EM AMBIENTES FECHADOS


Em restaurantes, por exemplo: Em artigo recente (Abril, 2020), é investigado um surto de transmissão do COVID-19, desencadeado por somente uma pessoa infectada assintomática, associado ao ar condicionado, em um restaurante na China. O estudo conclui que no surto ocorrido neste restaurante, a transmissão de gotículas maiores foi motivada pela ventilação por ar condicionado. O fator chave para a infecção foi a direção do fluxo de ar.

  

E em ambientes de trabalho? Outro exemplo excelente para ilustrar como a COVID19 é extremamente contagiosa foi o surto foi de contaminação de 94 funcionários (de um total de 216 que trabalhavam naquele andar), a partir de 1 caso real em um Call center. Dos 94 contaminados, 92 tiveram sintomas e apenas 2 apresentaram a forma assintomática. É interessante observar que apesar de haver significativa interação desses funcionários com os locados em outros andares, a transmissão se restringiu ao andar onde o 1º caso trabalhava, demonstrando a importância da equação de dose carga viral x tempo para haver contaminação efetiva. Notem que aqui houve contaminação de pessoas com muito mais de 2 metros de distância umas das outras (havia distâncias de até 15 metros das PAs). Por que? Devido ao ambiente fechado e exposição prolongada, ou seja, a baixa carga viral, quando exposta durante horas e horas chega na quantidade necessária para desencadear a infecção. 


Igrejas - Igrejas reúnem todos os ingredientes para surtos de COVID19, que são eles: ambientes fechados, densamente frequentados e uso de voz - cantos, respostas ao celebrante (aumento da emissão de partículas no ambiente) por um período prolongado. Na presença de cantos, há um aumento ainda maior no risco de transmissão pois há inspiração profunda (levando partículas virais para dentro do pulmão) seguida de expiração forçada (expelindo mais partículas que na fala comum). Há um surto bem documentado no Estado de Washington nos EUA onde pessoas se encontraram para um ensaio do coro da igreja. Atentos aos procedimentos de distanciamento social da COVID19, todos evitaram apertos de mãos ou abraços e mantiveram distância entre si durante o ensaio, ninguém estava sintomático no momento desse ensaio e este durou 2 horas e meia. Após 4 dias, 45 pessoas (de 60) que estavam presentes desenvolveram sintomas da COVID19 e 2 pessoas morreram.


Aniversários e Funerais: a documentação desse caso que descrito aqui mostra a importância de conseguir identificar e isolar casos assintomáticos. Vejam o rastro de contaminação de uma história real ocorrida em Chicago no Estado de Illinois, EUA: 

"O nome é falso. Bob estava infectado pela COVID19, mas não sabia. Bob compartilhou uma refeição servida em pratos comuns com 2 membros da família. O jantar durou 3 horas. No dia seguinte, Bob compareceu a um funeral, abraçando membros da família e outros presentes para expressar condolências. Dentro de 4 dias, os dois membros da família que compartilharam a refeição adoeceram. Um terceiro membro da família, que abraçou Bob no funeral, ficou doente. Bob ainda participou de uma festa de aniversário com 9 outras pessoas. Eles se abraçaram e compartilharam comida na festa de 3 horas. Sete dessas 9 pessoas ficaram doentes. Nos dias seguintes, Bob ficou doente, foi hospitalizado e morreu. Mas o legado de transmissão de Bob continuou vivo. Três das pessoas que Bob infectou no aniversário foram à igreja, onde cantaram, passaram pelo prato do dízimo, etc. Os membros dessa igreja ficaram doentes. No total, Bob foi diretamente responsável por infectar 16 pessoas entre 5 e 86 anos de idade. Três delas morreram. Acredita-se que a propagação do vírus dentro da casa e de volta à comunidade através de funerais, aniversários e reuniões da igreja seja responsável pela transmissão mais ampla do COVID-19 em Chicago."


Supermercados - Para entender se o supermercado é ou não um ambiente de risco, considere o tempo que você gasta fazendo compras e a densidade de pessoas no momento das suas compras - tudo isso vai influenciar no risco de contaminação por gotículas inaladas. Além disso há o risco da transmissão por contato de superfícies contaminadas, motivo pelo qual um cuidado redobrado com a higiene de mãos e produtos deve ser tomada. A Dra. Leticia Kawano Dourado tem postado regularmente sobre esses cuidados no seu Instagram e facebook e algumas dicas nesse sentido no canal do Youtube, para os que quiserem mais detalhes.


Ambientes abertos/ventilados, com poucas pessoas, em geral, são seguros


Lembre-se de que "dose e tempo" são necessários para ocorrer a infecção. Se você está em um ambiente externo e passa andando por alguém, você teria que estar na corrente de ar dessa pessoa por mais de 5 minutos para ter uma chance de infecção. Embora os praticantes de corrida possam estar liberando mais vírus devido à respiração profunda, lembre-se de que o tempo de exposição também é menor devido à sua velocidade. Mantenha distância física, mas o risco de infecção nesses cenários é baixo.

Note que nesse artigo foi focado bastante na transmissão pelo ar da COVID19, mas lembrem-se que há pesquisas que demonstram a transmissão por superfícies contaminadas: a mão se contamina e essa mesma mão é levada a boca, olhos e nariz, causando a infecção.


viii. PUBLICAÇÃO ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA PARA O COVID-19 (No 1008/2020)


A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia publicou no dia 28/03/2020 o ofício circular de número 1088/2020, com o intuito de orientar empregadores e empregados e recomendar medidas relativas à segurança e medicina do trabalho que devem ser observadas para prevenir e diminuir o contágio da COVID-19, bem como atenuar os impactos financeiros na atividade econômica das empresas.


Dentre as medidas sugeridas pela Secretaria da Previdência e Trabalho, o ofício destaca medidas de higiene pessoal e do ambiente do trabalho; medidas aplicáveis para empregados nos serviços de alimentação e em transporte de passageiros; regras sobre utilização de máscaras; priorização de trabalho remoto ou estritamente interno para empregados do grupo de risco; bem como medidas relacionadas à CIPA, SESMT e segurança e saúde do trabalho.


As medidas previstas no Ofício 1088 não modificam ou autorizam o descumprimento das Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho específicas de cada atividade econômica.


Considerando que a MP 927 estabelece que os casos de contaminação pela Covid-19 não serão considerados ocupacionais, exceto se houver comprovação do nexo causal (artigo 29), recomenda-se que as empresas sigam de maneira firme as diretrizes do Ofício 1088 aplicáveis à sua atividade, independentemente do caráter meramente recomendatório do ofício.


A seguir estão listadas as medidas sugeridas pelo Ofício 1088:


PRÁTICAS DE BOA HIGIENE E CONDUTA

1. Criar e divulgar protocolos para identificação e encaminhamento de trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes de ingressar no ambiente de trabalho. O protocolo deve incluir o acompanhamento da sintomatologia dos trabalhadores no acesso e durante as atividades nas dependências das empresas;

2. Orientar todos trabalhadores sobre prevenção de contágio pelo coronavírus (COVID-19) e a forma correta de higienização das mãos e demais medidas de prevenção;

3. Instituir mecanismo e procedimentos para que os trabalhadores possam reportar aos empregadores se estiverem doentes ou experimentando sintomas;

4. Adotar procedimentos contínuos de higienização das mãos, com utilização de água e sabão em intervalos regulares. Caso não seja possível a lavagem das mãos, utilizar imediatamente sanitizante adequado para as mãos, como álcool 70%;

5. Evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos;

6. Manter distância segura entre os trabalhadores, considerando as orientações do Ministério da Saúde e as características do ambiente de trabalho;

7. Emitir comunicações sobre evitar contatos muito próximos, como abraços, beijos e apertos de mão;

8. Adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal entre trabalhadores e entre esses e o público externo;

9. Priorizar agendamentos de horários para evitar a aglomeração e para distribuir o fluxo de pessoas;

10. Priorizar medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-la em um turno só;

11. Limpar e desinfetar os locais de trabalho e áreas comuns no intervalo entre turnos ou sempre que houver a designação de um trabalhador para ocupar o posto de trabalho de outro;

12. Reforçar a limpeza de sanitários e vestiários;

13. Adotar procedimentos para, na medida do possível, evitar tocar superfícies com alta frequência de contato, como botões de elevador, maçanetas, corrimãos etc;

14. Reforçar a limpeza de pontos de grande contato como corrimões, banheiros, maçanetas, terminais de pagamento, elevadores, mesas, cadeiras etc;

15. Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho de ar condicionado, evite recirculação de ar e verifique a adequação de suas manutenções preventivas e corretivas;

16. Promover teletrabalho ou trabalho remoto. Evitar deslocamentos de viagens e reuniões presenciais, utilizando recurso de áudio e/ou videoconferência;


PRÁTICAS QUANTO ÀS REFEIÇÕES

17. Os trabalhadores que preparam e servem as refeições devem utilizar máscara cirúrgica e luvas, com rigorosa higiene das mãos;

18. Proibir o compartilhamento de copos, pratos e talheres não higienizados, bem como qualquer outro utensílio de cozinha;

19. Limpar e desinfetar as superfícies das mesas após cada utilização;

20. Promover nos refeitórios maior espaçamento entre as pessoas na fila, orientando para que sejam evitadas conversas;

21. Espaçar as cadeiras para aumentar as distâncias interpessoais. Considerar aumentar o número de turnos em que as refeições são servidas, de modo a diminuir o número de pessoas no refeitório a cada momento;


PRÁTICAS REFERENTES AO SESMT E CIPA

22. As comissões internas de prevenção de acidentes – CIPA existentes poderão ser mantidas até o fim do período de estado de calamidade pública, podendo ser suspensos os processos eleitorais em curso;

23. Realizar as reuniões da CIPA por meio de videoconferência;

24. SESMT e CIPA, quando existentes, devem instituir e divulgar a todos os trabalhadores um plano de ação com políticas e procedimentos de orientação aos trabalhadores;

25. Os trabalhadores de atendimento de saúde do SESMT, como enfermeiros, auxiliares e médicos, devem receber Equipamentos de Proteção Individual – EPI de acordo com os riscos, em conformidade com as orientações do Ministério da Saúde;


PRÁTICAS REFERENTES AO TRANSPORTE DE TRABALHADORES

26. Manter a ventilação natural dentro dos veículos através da abertura das janelas. Quando for necessária a utilização do sistema de ar condicionado, deve-se evitar a recirculação do ar;

27. Desinfetar regularmente os assentos e demais superfícies do interior do veículo que são mais frequentemente tocadas pelos trabalhadores;

28. Os motoristas devem observar:

a) a higienização do seu posto de trabalho, inclusive volantes e maçanetas do veículo;

b) a utilização de álcool gel ou água e sabão para higienizar as mãos.


PRÁTICAS REFERENTES ÀS MÁSCARAS

29. A máscara de proteção respiratória só deve ser utilizada quando indicado seu uso. O uso indiscriminado de máscara, quando não indicado tecnicamente, pode causar a escassez do material e criar uma falsa sensação de segurança, que pode levar a negligenciar outras medidas de prevenção como a prática de higiene das mãos;

30. O uso incorreto da máscara pode prejudicar sua eficácia na redução de risco de transmissão. Sua forma de uso, manipulação e armazenamento devem seguir as recomendações do fabricante. Os trabalhadores devem ser orientados sobre o uso correto da máscara;

31. A máscara nunca deve ser compartilhada entre trabalhadores;

32. Pode-se considerar o uso de respiradores ou máscaras PFF2 ou N95, quando indicado seu uso, além do prazo de validade designado pelo fabricante ou sua reutilização para atendimento emergencial aos casos suspeitos ou confirmados da COVID-19, conforme NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020;

33. As empresas devem fornecer máscaras cirúrgicas à disposição de seus trabalhadores, caso haja necessidade;


SUSPENSÃO DE EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS EM SST

34. Fica suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames demissionais durante o período de calamidade, conforme Medida Provisória Nº 927, de 22 de março de 2020, devendo ser realizados até o prazo de sessenta dias, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública;

35. O exame médico demissional poderá ser dispensado caso o exame médico ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de 180 dias;

36. Na hipótese de o médico coordenador de programa de controle médico de saúde ocupacional considerar que a prorrogação representa risco para a saúde do empregado, o médico indicará ao empregador a necessidade de sua realização;

37. Durante o estado de calamidade pública, fica suspensa a obrigatoriedade de realização de treinamentos periódicos e eventuais dos atuais empregados, previstos em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho;

38. Os treinamentos periódicos e eventuais serão realizados no prazo de noventa dias, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública;

39. Durante o estado de calamidade pública, todos os treinamentos previstos nas Normas Regulamentadoras (NR), de segurança e saúde do trabalho, incluindo os admissionais, poderão ser realizados na modalidade de ensino a distância e caberá ao empregador observar os conteúdos práticos, de modo a garantir que as atividades sejam executadas com segurança;


PRÁTICAS REFERENTES AOS TRABALHADORES PERTENCENTES A GRUPO DE RISCO

40. Os trabalhadores pertencentes a grupo de risco (com mais de 60 anos ou com comorbidades de risco, de acordo com o Ministério da Saúde) devem ser objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na própria residência em teletrabalho ou trabalho remoto;

41. Caso seja indispensável a presença na empresa de trabalhadores pertencentes a grupo de risco, deve ser priorizado trabalho interno, sem contato com clientes, em local reservado, arejado e higienizado ao fim de cada turno de trabalho.


 ix. SOLUÇÃO ACESSO VERDE, TECNOLOGIA EM HIGIENE E QUALIDADE DO AR (ref. www.acessoverde.com.br)


O Acesso Verde é muito mais do que um selo de segurança para o Corona Vírus, engloba conceitos mais abrangentes e normalizações já pacificadas e exigidas em normas trabalhistas, previdenciárias, de meio ambiente e de saúde para questões de qualidade do ar e ambientes limpos. Portanto, o acesso verde trata de questões de curto, médio e longo prazo sem modismos, mas sim atendendo questões regulatórias, as negligenciadas e as atuais com novas demandas e tendências da sociedade: despertadas nesse momento quando as empresas devem se adequar a essa nova situação com soluções viáveis que potencializem a atividade econômica com impacto positivo para toda sociedade.

Conceitos como compliance, contingência, comissionamento, controle, confiabilidade, comprovação e conhecimento técnico devem ser explorados como nosso 7C do projeto Acesso Verde.


Destacamos que as mudanças serão radicais nos processos de trabalho e de comercialização de bens, produtos e serviços, além de no convívio pessoal. Um ambiente certificadamente “confortável e seguro” propicia maior desempenho, criatividade, segurança para clientes e funcionários e poder de compra. Evita ainda o absenteísmo e os acidentes.


Deve-se dar destaque tanto a qualidade do ar como os riscos biológicos e químicos no que diz respeito a troca do ar e limpeza dos ambientes, superfícies e equipamentos. Com a análise crítica e interpretações das FISQPs dos elementos utilizados, realizadas pelos profissionais de SST. Da mesma maneira que um médico prescreve a partir da bula de um remédio.


Deve-se tratar os processos de sanitização na volta das atividades como um comissionamento e como um processo de ocorrência periódica, quando são contemplados tanto a sanitização como a dedetização em função das atividades e setor econômico. 


As garantias dos protocolos devem vir de empresas credenciadas e profissionais habilitados e capacitados para atuar, destacando normas e credenciamentos no CREA, ANVISA e órgãos Ambientais. Com a responsabilidade solidária seja do executor como do tomador do serviço.


O Acesso Verde está trazendo para a sociedade o estado da técnica, e equipamentos específicos de monitoramento contínuo da qualidade do ar, Totens com higienização por UVC e Ozônio, filtros do ar atrelados a mobiliários e ar condicionandos centrais, dentre outros, todos certificados no RBC/Inmetro e com laudos emitidos por Eng. de Seg do Trabalho credenciado no CREA, valorizando o indivíduo e o coletivo no que chamamos de conceito “UCareAllSafe”, sendo cada um fiscal das garantias à saúde, segurança e conforto ambiental. Combatendo as empresas que fazem a gestão de papel atendendo o mínimo das questões regulatórias e não garantindo as condições ambientais em diferentes períodos e situações.


"Como brasileiro, professor, pesquisador e profissional atuante da área e Engenheiro de Segurança do Trabalho, deixo esse alerta do quanto foram negligenciadas as técnicas e leis para com o risco biológico, considerando Anvisa 09, ASHRAE 55 e 61, Procedimentos Normativos da Fundacentro e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e normas NBR sobre mascaras, dentre outras etc: O vírus não tem pernas nem corre atrás de nós, o que prova que houveram medidas não eficazes de contingência, prevenção e controle antes de qualquer medida de isolamento social, quarentena ou lockdown. O que vem acontecendo é uma soma de erros e despreparo dos governos e de profissionais não habilitados e, muito menos, capacitados, na área de SST que inclui análises de risco, garantias a saúde, segurança e ao bem estar". M.Sc Rogério Dias Regazzi.


Artigo elaborado por Engenheiro M.Sc Rogério Dias Regazzi e o Biólogo Brunno Monteira da Cunha da 3R Brasil Tecnologia Ambiental e do Grupo Acesso Verde, Tecnologia em Higiene e Qualidade do Ar.

Roger